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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

No Meio do Caminho



... Ao saudoso Carlos Drummond de Andrade

No meio do caminho tinha uma merda
A merda estava no meio do caminho
A pedra estava ao lado da merda.

Não que o difícil seja uma merda
Mas a pedra pode ser tirada
A merda pode ser limpada
O caminho pode ser seguido.

A pedra e a merda continuam no meio do caminho.

Crio um túnel no meio da pedra
Crio um tubo na merda e passo.

A pedra e a merda estão no meio do caminho
Mas isso não é o obstáculo.

Relançamento do Livro Curvas da Ilusão

Após o lançamento oficial do "Curvas da Ilusão", a viagem pelo mundo da poesia não para. E no dia 25/11/11 às 19h na Biblioteca Municipal de Jacareí terá o RELANÇAMENTO do livro. Para quem não pode ir no primeiro, terá outra oportunidade. Faço questão da presença de todos.




quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Lançamento: Curvas da Ilusão

Lançamento do livro Curvas da Ilusão de Guilherme Mendicelli, já está com hora, data e local confirmados.

Realizando um sonho, e o inicio de uma carreira literária, Mendicelli, traz em Curvas da Ilusão poemas que retratam sua realidade com diferentes acontecimentos, em uma tempestade de amor, saudade, solidão, reconhecimento, descontentamento e muita alegria de viver.

Isso mesmo, será dia 01/10/2011 ás 18h Na sala Mário lago - Pátio dos trilhos - Jacareí

Compareçam!!!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

EM BREVE


Em OUTUBRO o lançamento de "Curvas da ilusão", primeiro livro do jovem poeta Guilherme Mendicelli.

Em breve mais informações, AGUARDEM.

terça-feira, 12 de julho de 2011

TRÊS MINUTOS



Três minutos
Três unidades de um minuto.
Uma eternidade prossegue em 180 segundos.
Segundos, minutos.
As unidades nos prendem na limitação diária
De sermos presos a tudo, ao tempo.

Os três minutos acabaram e eu faço o que?
Você faz o que?

Tudo que não fez em três minutos.

domingo, 10 de julho de 2011

ÚLTIMA ROSA


Dei-lhe a última rosa
Do último jardim.
Junto com o frio que espanta o calor
Não limitado fisicamente
Os cachos negros de seus cabelos
Lembram o carvão
Queimando nas brasas de uma angústia.

Dei-lhe a última rosa
Do último jardim.
Descongelo toda minh'alma em teus olhos
Permito qualquer silêncio em meio à neblina
Evaporo a desilusão.
Quebro o gelo que agredir qualquer Rosa
Tiro-lhe toda a roupa
Pois vestir-se vai atingir tudo aquilo que lhe é intocável.

Dei-lhe a última rosa
Do último jardim.
Abro a última rosa
Com um amor demonstrando uma atitude
Além,
Que dois corpos entrelaçados
Qualquer inspiração desperdiçada
Além,
De qualquer pétala jogada ao chão.

sábado, 2 de julho de 2011

NAMORO por VINICIUS DE MORAES


Se você quer ser minha namorada
Ai, que linda namorada
Você poderia ser
Se quiser ser somente minha
Exactamente essa coisinha
Essa coisa toda minha
Que ninguém mais pode ser
Você tem que me fazer um juramento
De só ter um pensamento
Ser só minha até morrer
E também de não perder esse jeitinho
De falar devagarzinho
Essas histórias de você
E de repente me fazer muito carinho
E chorar bem de mansinho
Sem ninguém saber porquê
E se mais do que minha namorada
Você quer ser minha amada
Minha amada, mas amada pra valer
Aquela amada pelo amor predestinada
Sem a qual a vida é nada
Sem a qual se quer morrer
Você tem que vir comigo
Em meu caminho
E talvez o meu caminho
Seja triste pra você
Os seus olhos têm que ser só dos meus olhos
E os seus braços o meu ninho
No silêncio de depois
E você tem que ser a estrela derradeira
Minha amiga e companheira
No infinito de nós dois.

(Vinicius de Moraes)

quarta-feira, 22 de junho de 2011

SOL



Natureza esplêndida

Em recursos energéticos

Ilumina o exposto

Queimando todo o desgosto.


Raios contra uma matéria perdida.


És o pai da existência

Coração da inteligência

Vida da humanidade.


Quando em traços de cumplicidade

És o amor

És o antônimo da lua

Sinônimo da qualquer inspiração.


Provoca em sí a alegria

Pêlos se arrepiam.


És o calor de qualquer coração.


Substituí o abraço

Distante, gelado

Queimando em fogueira

Esquentando em sí

Quaisquer beira de solidão


Precipício,

Abismo,

Infinito.


Como o dia mais bonito

Como a útopia da nação


Melhor compania

Sem qualquer irônia

Sem qualquer comparação.


quarta-feira, 15 de junho de 2011

LUA


A noite cai,

As luzes amarelas se acendem

Na janela do quarto andar a solidão bate na porta

Não perco meu tempo perguntando quem é

Pois ao olhar o horizonte vejo que sozinho não me encontro

A estrela maior me abraça

E eu na impossibilidade de retribuir tanto carinho

Abraço o lápis

Que escreve as singelas palavras retratando a minha sorte.


Sua luz é como a linha do teu olhar

Que se iguala a verdade do amor

E em um sorriso encontra toda a dor
De viver para amar.

domingo, 12 de junho de 2011

DIA DOS NAMORADOS


Mais um dia dos namorados, data ansiosamente esperada por milhares de casais para celebrar a junção do queijo com a goiabada, ou as vezes do churrasco com a cerveja, da sinuca com o boteco, enfim, data de todos os casais, mulher com homem do estilo tradicional, ou homem com homem, mulher com mulher do estilo contemporâneo.

Ao acordar todos pensam nesse dia, fora o meu pai, que não lembra nem do aniversário da mulher dele, mais conhecida como minha mãe, dividido em pensamentos bons e ruins, tristes ou felizes não tem como enrolar. Precisamos gastar aquele trocado com o presente pra patroa, ao contrário disso a marmita azeda.

Ainda tem aqueles que dão uma de romântico, dizem que o maior presente é um abraço, a lembrança mais valiosa é um “eu te amo” mas é tudo enrrolação, é só pra se fazer de bonitinho. O presente mais valioso é aquela BMW para os mais pobres, ou aquela mansão em uma ilha do caribe para os milionários.

Mas o que mais tem é namorada(o) gordo, ganham toneladas de chocolate e aquela criança, com ursinhos de pelúcias.

A relatividade deixa de ser de einstein e passa a ser nossa. Nem sempre ter uma namorada é tudo de bom. Que vontade de acordar e levar café na cama para a parceira, ou receber um vinho a meia noite, entregar aquele buquê de flores na casa da amada, dedicar o mais belo poema.

Aqui não é o catolicismo, mas vamos ter o momento de confissão:

  • Bom confesso que sou do estilo romântico, caracteristica antiga, prefiro um banco de praça com meia duzia de palavras sinceras, ou flores quando a amada menos espera, supreendendo-a e tirando qualquer chance de resposta. Sou a favor da loucura, do diferente.

  • Digo que a maioria das mulheres não gostam de receber flores,poemas ou mimo algum, seja grosso que você a atrai. Experiência própria.

  • Confesso também que ser solteiro é muito bom. Não sofremos por amor não correspondido, não gastamos dinheiro com presentes caro, não ficamos em casa no sabado a noite quando a mulher não quer sair.

  • Por fim confesso que eu quero uma namorada.

Bom amigo, te desejo muita sorte e sua penitência é fazer muitos poemas apaixonados, mas não posso te ajudar, não sei o que é namorar.”

Um domingo de outono, raios solares, com ventos gelados mostra a combinação do amor, nem sempre como queremos, mas como tem que ser. Seja diferente, surpreenda a sua namorada, ou faça loucuras para conquistar alguma, mas nunca abaixa a sua cabeça e se arrependa de não ter deixado o amor tomar alguma atitude.

sábado, 11 de junho de 2011

Tempo de apresentação


Neste mundo vulnerável a todas transformações, em uma velocidade próxima a da luz, toda sua população se assusta com a evolução. Uma tecnologia material que ultrapassa a própria inteligência do ser humano.

A corrida começa, 1% de cabeças disputando a maior invenção, e ainda sobra 99% para usufruir do tal material. Sabemos que separando a classe esse número irá diminuir, mas nada pode deter a evolução, que deixou de ser da espécie, e sim da matéria, feita pela matéria que somos nós.

A alguns anos atrás, o domingo chegava e todos entravam em depressão, “Mais uma semana começando, cinco dias até o próximo final de semana”. Porém, essa realidade mudou, e quando chega o domingo, todos já se conformam, que logo amanhã já é sexta de novo.

De forma assustadora tem um mostro no Big Ban adiantando o relógio. Jesus Cristo cansou de assistir a novela da vida humana, está tudo chato e ele está aumentando a velocidade de transmição, quer que acabe logo.

É a mente humana sendo substituída, o corpo sendo substituído. Jornal pela internet, telefone pela internet, máquina de escrever pelo computador, telefone por celular. O mundo está ali gritando, querendo seu espaço, foi então que a tecnologia conheceu o ser humano, ou os 99% deles, e a parceria nasceu. Vamos desenvolver o meio, todos estamos aqui para se ajudar.

Chegou uma mulher chamada globalização e chamou alguns em uma conferência. Transformou o telegrama em e-mail, substituiu o telefone pelo MSN, pegou os jornais e embutiram em sites de informação, pegou a televisão e trocou pelo Youtube, os CD's pelo mp3 e por fim chamaram todos escritores e pessoas ligadas a arte e comunicação, os apresentou o BL,OG.

Foi então que muitos começaram a escrever nesses espaços, divulgando a sua arte, o seu trabalho que antes era feito com muito esforço para publicar nos livros, exposições, e a partir de então se tornou essencial.

Nesse paralelo de velocidade, tecnologia e vida, eu estou a expressar, compartilhando minha loucura habitual com um mundo com bilhões de pessoas, e por esse blog espero que gostem da minha arte, das letras, da minha vida.